Evento online “Violent Cinemas: Northern Ireland and Brazil” é anunciado para dia 08 de junho

O Núcleo de Estudos Irlandeses (NEI), em parceria com o programa de Pós-Gradução em Inglês da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGI/UFSC) e o Trinity College Dublin, anuncia o evento Violent Cinemas, marcado para às 14h do dia 08 de junho de 2022ao vivo no canal da PPGI/UFSC.

Com a organização e moderação de Beatriz Kopschitz Bastos e Ketlyn Mara Rosa, a presente mesa redonda busca destacar a “violência” como um importante elemento no cinema norte irlandês e brasileiro, podendo ser percebido em diferentes representações cinematográficas, como antagonismo étnico, aversão religiosa, hostilidade referente à questão de gênero, entre outras. O tema “violência” pode ser interpretado de diversas maneiras, conforme as múltiplas mensagens culturais, sociais e políticas — sendo o cinema, com seus variados gêneros e enredos, um ótimo veículo para a discussão das questões acima mencionadas.

Abrangendo este contexto, a mesa redonda Violent Cinemas se dedica a levantar debates referente aos filmes norte irlandeses e brasileiros, e as interpretações de suas sociedades quanto o tema “violência”, no que diz respeito às suas representações sobre temáticas como dominação, alteridade, patriarcado e afins. 

Quarta-feira: 08 de Junho de 2022

Das 14h00 às 15h30 (Brasil)/ Das 18h00 às 19h30 (Irlanda)

Youtube: Canal da PPGI UFSC

Núcleo de Estudos Irlandeses

 

A lista de palestrantes para esse evento incluem cineastas e acadêmicos cujos trabalhos compreendem assuntos relacionados aos tópicos abordados na presente mesa redonda:  


John Hill

John Hill é professor de Mídias no Departamento de Artes Midiáticas da Royal Holloway, instituição constituinte da Universidade de Londres. Ele é o autor e/ou editor de inúmeros livros, como “Cinema and Ireland” (co-autor, 1987), “The Oxford Guide to Film Studies” (co-editor, 1998), “Cinema and Northern Ireland” (2006) e “A Companion to British and Irish Cinema” (2019), entre outras publicações. Sua pesquisa tem como foco uma variedade de áreas, incluindo história do cinema e da televisão, cinemas nacionais e regionais, a indústria cinematográfica, política cinematográfica, e a política do cinema e televisão. Além de seus trabalhos acadêmicos, o professor Hill foi presidente do Northern Ireland Film Council, um dos diretores do British Film Institute e diretor do UK Film Council, sempre interessando em melhorar o apoio à produção e distribuição cinematográfica, e preservação e acesso a arquivos.

Maeve Murphy

A premiada escritora e diretora Maeve Murphy nasceu em Belfast e foi co-fundadora da companhia de teatro feminina “Trouble and Strife”. Ela escreveu e dirigiu três aclamados longa-metragens, todos selecionados e premiados em inúmeros festivais de cinema internacionais, incluindo o festival de Cannes, onde seu longa-metragem “Silent Grace” — cujo enredo narra a história não contada sobre a greve de fome e o protesto sujo das prisioneiras do Exército Republicano Irlandês (da sigla em inglês, IRA) — foi escolhido para representar o Reino Unido em 2002. Maeve recebeu o prêmio de Melhor Filme no “London Independent Film Festival” em 2009 por seu segundo longa-metragem ”Beyond the Fire” e por seu terceiro filme entitulado “Taking Stock”, premiado em 2015, além de ter vencido oito premiações em festivais de cinema internacionais. Em 2020, seu filme “Silent Grace” alcançou a 38ª posição na lista do The Irish Times dos “50 melhores filmes irlandeses já feitos”. Sua primeira novella, “Christmas at the Cross”, serializada no The Irish Times, foi publicada em 2021 e foi selecionada pela Tile Media para uma adaptação em longa metragem, escrita e dirigida por Maeve. 

Cahal McLauglhin

Cahal McLauglhin é presidente de Estudos Fílmicos na Queen’s University Belfast e diretor do Prisons Memory Archive. Como documentarista, se envolveu com métodos de como podemos abordar o legado de passados conflituosos de maneira a reconhecer a vulnerabilidade de nossas memórias e a natureza contestada de nossas narrativas. Suas produções mais recentes incluem “We Never Gave Up” (2022), o terceiro filme de uma trilogia sobre o legado do apartheid na África do Sul, “Right Now I want to Scream” (2020), sobre a violência policial no Rio de Janeiro, “Armagh Stories: Voices from the Gaol” (2015), a respeito das prisões femininas durante os conflitos na Irlanda do Norte entre os anos de 1968 e 1998. Suas publicações incluem “Recording Memories from Political Conflict: a filmmaker’s journey” (2010).

Alessandra Brandão

 

Alessandra Brandão é coordenadora e professora de Cinema e Estudos de Gênero na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foi bolsista de pós-doutorado no “Centre for World Cinemas and Digital Cultures “ na Universidade de Leeds em 2013. Seus interesses de pesquisa são relacionados à representação da mulher no cinema e literatura, abordando questões de gênero, raça, classe e sexualidade. Ela foi vice-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (SOCINE) e editora-chefe da revista de cinema brasileira “Rebeca”. A Professora Brandão co-editou diversas publicações, como “Cinema, Globalização, Transculturalidade” (2013) e “A sobrevivência das imagens” (2015). Ela também publicou em inúmeros periódicos nacionais e internacionais e em coleções editadas. Um de seus últimos artigos, “Bodylands para além da in/visibilidade lésbica no cinema: brincando com água”, foi publicado na revista “Rebeca” em 2021.

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado.